quinta-feira, maio 26, 2011

Cientistas Convertem Tecido em Pele com Células Tronco




Cientistas convertem tecido da pele em célula do coração


Nova técnica pode ajudar tratamentos de doenças como Parkinson e Alzheimer




Cientistas conseguiram converter células adultas da pele em células do coração com batimento, sem a necessidade de passar antes pelo difícil processo de geração de células-tronco, que hoje são uma das grandes esperanças da medicina, por dar origem a praticamente todos os tecidos (conjunto de células com uma determinada função no organismo).
Hoje, essas células são estudadas para aplicação no tratamento de uma ampla gama de doenças, do mal de Parkinson à diabetes, passando por problemas renais e cardíacos. A ideia básica é usar as células-tronco para regenerar órgãos e tecidos danificados por esses males.
O novo método pode ajudar a desenvolver tratamentos para diversas doenças que envolvam perda ou danos em células (como o mal de Parkinson e Alzheimer). O estudo do Instituto de Pesquisa Scripps foi publicado na revista Nature Cell Biology.
Cientistas têm tentado desenvolver maneiras de "reprogramar" células adultas humanas para um estado embrionário (ou pluripotente), no qual elas possam se dividir e diferenciar em qualquer tipo de célula. Essa técnica pretende usar células do próprio paciente para criar células necessárias do coração ou do cérebro e consertar tecidos danificados. O novo método é interessante porque "pula" o estágio de conversão das células adultas em células-tronco.


FONTE: http://noticias.r7.com/tecnologia-e-ciencia/noticias/cientistas-convertem-tecido-da-pele-em-celula-do-coracao-20110202.html

Chave da Regeneração

 
 Parte  I

 
 Parte II

 
Parte III
Parte IV



    Ao ver os vídeos percebemos a importância do tratamento com células-tronco...da esperança que muitos depositam e das melhoras evidentes daqueles que já foram submetidos ao tratamento.







Cura do Câncer com Células Tronco do Cordão Umbilical


Menina é curada de câncer com células-tronco de cordão umbilical

Uma menina chamada Alba, da cidade de San Fernando (Cádiz, Espanha), tornou-se o primeiro caso a superar com êxito um câncer de cérebro após ser tratada com células-mãe (estaminais ou células-tronco) do próprio cordão umbilical do paciente, conforme informou esta segunda-feira, 7, a companhia Crio-cord, um dos bancos de conservação de células-mãe autorizados na Espanha.

A menina, que nasceu sã em 2007, recebeu aos dois anos de idade um diagnóstico de meduloblastoma - um câncer de cérebro pouco frequente. Por isso, após a retirada da maior parte do tumor e vários ciclos de quimioterapia, a paciente foi submetida ao transplante de células-tronco do sangue do seu próprio cordão umbilical.

A intervenção, divulgada recentemente, foi desenvolvida em 2009 pelo serviço de Oncohematología do Hospital Universitário Menino Jesus de Madri, dirigido pelo doutor Luis Madero. Alba, atualmente com quatro anos leva uma vida normal.

A medida foi tomada após o tratamento com a quimioterapia, que destruiu não só o tumor maligno mas também o sistema sanguíneo da menina. Desta forma, procedeu-se ao transplante das células tronco do seu cordão umbilical, que previamente haviam sido solicitadas pelo Hospital Menino Jesus de Madri pela Crio-cord, que as trouxe das instalações da Bélgica e Holanda.

Depois do transplante, as células-mãe migraram à medula óssea, onde se multiplicaram e começaram a gerar glóbulos brancos, glóbulos vermelhos e plaquetas, iniciando assim a regeneração de seu sistema sanguíneo.

Revisões periódicas

Sessenta dias após o primeiro transplante, foram colocadas novas células-mãe - desta vez provenientes de seu sangue periférico -, para acelerar o implante plaquetário. Após 14 meses do transplante, o sistema sanguíneo de Alba estava completamente reconstruído. Sua saúde é acompanhada em revisões periódicas.

Doutor Madero destacou nesta segunda-feira, 7, que se trata de um caso único na Espanha. "A utilização de células tronco para a regeneração do sistema sanguíneo é um tratamento estendido neste tipo de câncer", explicou. O médico afirmou que o fato torna "único" o caso de Alba "já que pela primeira vez em nosso país as células-mãe provinham do seu próprio cordão umbilical, conservado ao nascer".

"Nos últimos anos, os transplantes de células mãe do sangue do cordão umbilical experimentaram um crescimento muito importante. Concretamente para o caso de irmãos, estas células-mãe são a melhor opção terapêutica que existe", acrescentou.

"Nosso melhor investimento"

Os pais de Alba, Santiago, que é engenheiro informático, e Teresa, professora de Literatura, foram unânimes ao afirmar que a conservação das células-tronco do sangue do cordão umbilical de Alba foi "seu melhor investimento".

"Tudo se originou como resultado de meu interesse pelos programas de divulgação científica, já que tinha visto uma reportagem sobre o tratamento com células-mãe para o Parkinson e meu pai, naquela época, tinha Alzheimer e estava sensibilizado sobre o uso de células mãe para as enfermidades degenerativas", explicou Santiago.

"Conservar o cordão umbilical é uma aposta pelo futuro, um seguro de vida que não se sabe se será necessário em algum momento, mas que pode salvar uma vida", afirmou sua mãe, Teresa Molina, que assegura que viu sua filha nascer duas vezes.

Satisfação na Crio-cord

Por sua parte, o diretor geral da Crio-cord, Guillermo Muñoz, também mostrou sua satisfação pelo êxito do processo. "Na Crio-cord estamos orgulhosos de ter participado do processo de cura de Alba, ademais de que este tipo de notícias confirme que o sangue de cordão umbilical é uma excelente fonte de células mãe, que, ao ser as mais jovens do corpo humano, têm um maior potencial de cura", explicou.

De fato, os últimos estudos "confirmam o incremento exponencial do uso destas células-mãe em todo o mundo, assim como os resultados obtidos com o sangue do cordão umbilical são excelentes em múltiplas enfermidades, como leucemias, linfomas e falhas congênitas da medula óssea".


FONTE : http://noticias.cancaonova.com/noticia.php?id=280756

Novas técnicas para obter Células tronco

Células-tronco induzidas à pluripotência geradas a partir de células da pele de ratos com marcadores fluorescentes. (Foto: Edward Morrisey / Escola de Medicina da Universidade da Pensilvânia)


 

Nova técnica para obter células-tronco induzidas é criada nos EUA

Método consegue gerar mais células do que o convencional. Novidade foi divulgada na revista científica ‘Cell Stem Cell’.


      Cientistas da Escola de Medicina da Universidade da Pensilvânia desvendaram uma nova maneira de criar células-tronco induzidas à pluripotência (iPSC, na sigla em inglês) – técnica que transforma células adultas do corpo, normalmente extraídas da pele, em estruturas capazes de gerar todo tipo de tecido humano.
     A novidade, descrita na revista científica "Cell Stem Cell", está no uso de microRNAs – pequenos pedaços de material genético – no lugar da estratégia convencional na qual 4 genes são modificados para retornar a célula a um estágio parecido com o de células embrionárias.
   Os testes foram feitos em células da pele de ratos. Células-tronco induzidas são produzidas normalmente a partir de células adultas – desde que não sejam reprodutivas como, por exemplo, espermatozoides. O material mais comum são fibroblastos, encontrados na pele de mamíferos.
Antes da invenção da nova técnica, para cada 100 mil células adultas “reprogramadas”, os cientistas conseguiam apenas 20 células-tronco induzidas. Já pelo método com microRNAs, o número de células obtidas sobe para 10 mil (10% do total).
    A esperança que envolve os estudos com células-tronco induzidas está no fato delas dispensarem o uso de material embrionário. Mas para poderem servir para uso terapêutico em humanos na reconstrução de tecidos e até órgãos, é preciso que um número grande de células seja obtido.
As células criadas em laboratório podem dar origem a quase todo tipo de células de ratos, incluindo espermatozoides, óvulos e células germinativas.
 


Técnicas usadas pela primeira vez no Brasil


Transplante pioneiro pode devolver movimento a pacientes na Bahia

Uma técnica usada pela primeira vez no Brasil traz esperança a pacientes que ficaram paralíticos. Médicos querem devolver alguns movimentos aos pacientes, implantando células tronco especiais. A primeira cirurgia foi feita nesta quinta-feira (14), em Salvador.

O paciente é um policial militar de 45 anos. Ele perdeu os movimentos das pernas há cinco anos depois de cair de um telhado.
O PM recebeu injeções de células-tronco mesenquimais diretamente no local onde a medula foi atingida.

As células mesenquimais são retiradas do osso do quadril do próprio paciente e podem se transformar em vários tipos de tecido. Cães e gatos que receberam injeções dessas células recuperaram parte dos movimentos das patas afetadas. O método começou a ser estudado há seis anos por pesquisadores da Fundação Osvaldo Cruz e dos hospitais Espanhol e São Rafael, em Salvador.

Até o fim do ano, outras 19 pessoas com paralisia serão submetidas a esse tipo de cirurgia. Depois de operadas, todas irão fazer fisioterapia por seis meses para fortalecer a musculatura atrofiada.

O neurocirurgião Marcos Mendonça explica: “Nós esperamos que os pacientes tenham uma melhora não só da função neurológica, como melhora da qualidade de vida”, diz.

Doença de Chagas

Em outro procedimento inédito, médicos fizeram, em junho de 2003, também na capital baiana, o primeiro transplante de células-tronco em um paciente com insuficiência cardíaca decorrente da doença de Chagas.


Investimentos internacionais em pesquisas

    Segundo Carlos Vogt, publicado em 2002 no Com Ciência, nesse ano o governo norte-americano destinou mais de 387 milhões de dólares para pesquisas com células-tronco, nas 20 instituições de pesquisa integrantes do NIH. Esse orçamento dividiu-se em pesquisas que utilizam células-tronco adultas e embrionárias de linhagens autorizadas, de humanos e de animais. O Instituto Nacional do Câncer foi o centro com maior gasto em pesquisas com células-tronco adultas, cerca de 70 milhões de dólares. O Instituto Nacional de Diabetes e de Doenças Digestivas e Renais foi o que mais utilizou recursos federais para pesquisas com células derivadas de embriões, com investimentos chegando a quase 4 milhões de dólares.
      Segundo Don Ralbovsky, do escritório de comunicações do NIH, não existe um levantamento de dados sobre o investimento privado em pesquisa com células-tronco nos EUA. "Provavelmente algumas companhias estão empenhadas em reunir dados a esse respeito, mas elas não divulgam seu balanço financeiro". O orçamento do NIH para 2004 foi de US$ 27,89 bilhões. Estima-se que mais de 60% tenha sido gasto em pesquisa básica. Em comparação, no ano de 1997 as indústrias farmacêutica e de biotecnologia gastaram US$ 27 bilhões em pesquisas biomédicas. Em 1990, somente 14% do orçamento do setor foi aplicado em pesquisa básica, de acordo com relatório do Conselho Nacional de Pesquisa dos EUA.
     O governo norte-americano também tem investido em pesquisas com outros tipos de células-tronco. Em 2001, juntamente com o anúncio presidencial da restrição de fundos para as pesquisas com células embrionárias, o governo destinou cerca de US$ 250 milhões para pesquisas com células-tronco adultas obtidas de cordões umbilicais, placentas e de animais. No início do ano de 2002, o presidente George Bush assinou lei destinando US$ 10 milhões para a criação do Programa para o Banco Nacional de Células-Tronco de Cordão Umbilical (National Cord Blood Stem Cell Bank Program). A decisão beneficiou diretamente a empresa ThermoGenesis Corp., que desenvolveu a tecnologia para processamento, conservação, estocagem e coleta de células-tronco derivadas de placentas e cordões umbilicais. A quantia inicial foi utilizada para a criação de unidades de bancos com esse tipo de células-tronco em todo o país. Estima-se que sejam gastos cerca de US$ 150 milhões para a criação de 150 mil dessas unidades. 

FONTE:  Revista Ciência e Cultura: Edição: Neurociências - p. 19

Células-tronco: um caminho possível para a cura de doenças


   A 6ª reunião do Grupo de Estudos Estratégicos Amazônicos (GEEA) e teve como pesquisador convidado Stevens Kastrup Rehen, membro do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Ele ministrou a palestra “Células-tronco de pluripotência induzida como modelo para o estudo do cérebro”, onde apresentou definições e uso dessas novas tecnologias para melhor atender a sociedade.

Segundo o especialista, existem três tipos de células-troncos: as células-tronco embrionárias, as células-tronco de pluripotência induzida e as células de carcinoma embrionário.

   Rehen explica que em um experimento verificou-se que as células-tronco embrionárias injetadas no cérebro, dependendo do estimulo que recebem podem se transformar naquilo que você deseja, porém há preocupações. “É preciso saber que tipo de coquetel de substâncias você tem que dar para a célula para que ela vire o que você deseja, pois essas células-tronco embrionárias vão sempre ser identificadas pelo organismo como estranhas, é como se fosse um transplante de órgãos”, disse.

Cura de doenças

Na pesquisa realizada por Stevens, a célula-tronco de um indivíduo adulto é reprogramada para que ela se comporte exatamente igual a uma célula de embrião sem nunca ter vindo de um embrião. São as chamadas células tronco de pluripotência induzida (IPS, sigla em inglês).

Essas células podem ser uma excelente ferramenta para a modelagem de doenças, para a descoberta de novos medicamentos e outros benefícios, Isto se deve ao fato de que com elas abre-se a possibilidade de se fazer, no futuro, transplantes celulares autólogos (com células da própria pessoa), evitando o grande problema da rejeição, mas também porque permite testes de medicamentos específicos para cada individuo.

A atuação do vírus

Stevens explica que a idéia da multiplicação dessas células IPS é pegar uma célula da pele por meio de biopsia, e aplicar um vírus e esse vírus funcionar como um cavalo de tróia levando informações para dentro da célula de que ela tem que se comportar como uma célula embrionária. São quatro vírus que se aplicados fazem com que ela se comporte como uma célula reprogramada.

No momento, o foco do laboratório é estudar a complexidade do cérebro humano, mais especificamente tem-se estudado sobre a esquizofrenia, pois uma em cada cem pessoas sofre da doença. Com as células IPS, pode-se obter neurônios de um paciente esquizofrênico sem ter que abrir a cabeça dele e testar vários medicamentos.

Embora esta ferramenta também não seja perfeita (já que é diferente usar um ser vivo ou uma cultura de células), ela torna-se ainda mais interessante pelo fato de que se acredita que nem todas as doenças ou transtornos tenham a mesma causa, embora os sintomas sejam os mesmos explica o pesquisador.

Para Geraldo Mendes, secretário-executivo do GEEA, o tema é importante para a sociedade. “O GEEA está discutindo sobre esse tema que parece distante hoje e está se colocando na vanguarda do conhecimento, pois logo as células-tronco estarão sendo usadas no dia-dia das pessoas”, enfatiza.



FONTE:  http://www.planetauniversitario.com/index.php?option=com_content&view=article&id=22101:celulas-tronco-um-caminho-possivel-para-a-cura-de-doencas&catid=56:ciia-e-tecnologia&Itemid=75

Discussão sobre o tema



  Leigos e especialistas de todas as áreas concordam que a ciência está a serviço da população, principalmente quando se trata de pesquisas para a descoberta da cura de doenças que afetam milhares de pessoas. É consenso que as promissoras pesquisas envolvendo células-tronco são importantes e devem continuar, porém , quando se discute a origem, de onde as células-tronco serão retiradas, não só o consenso, mas a autonomia dos cientistas desaparece e as pesquisas não avançam.
     
A discussão se situa na utilização de embriões congelados - a maioria armazenados em clínicas de Reprodução Assistida- ou na utilização da técnica de Clonagem Terapêutica, onde é necessário a utilização de óvulos doados para a pesquisa. A terceira possibilidade é a utilização de células-tronco adultas, extraídas do corpo do próprio paciente. Esta seria a solução ideal eticamente falando, porém, tecnicamente, é a solução de mais baixo aproveitamento, já que estes tipos de célula não são capazes de se diferenciar em todos os tipos de tecido, como ocorre com as células-tronco embrionárias.

Entrevista com Dr. Drauzio Varella



     Pesquisas com células-tronco, porém, estão cerceadas pela desinformação ou por certas posições religiosas que vêem nelas um atentado contra a vida em vez de um recurso terapêutico que possibilitará salvar muitas vidas.
   Com isso adicionamos uma entrevista feita pelo Dr. Drauzio Varella a uma professora de genética Humana e Médica do departamento de  Instituto de Biociências da Universidade São Paulo, coordenadora do Centro de Estudos do Genoma Humano – IB -, presidente da Associação Brasileira de Distrofia Muscular e membro da Academia Brasileira de Ciências.



Igreja Católica contra Células Tronco





     A Igreja Católica é contra as pesquisas com células-tronco embrionárias, pelo mesmo motivo que condena o aborto, ou seja, por considerar o embrião um ser humano. As pesquisas, na visão da igreja, significariam a manipulação da vida humana pelo homem, o que fere a ética católica.

      Correntes científicas e, inclusive, outras religiões não interpretam que a vida se inicia na sua concepção, mas, mais tarde, em momentos posteriores da gestação.

     A campanha da Igreja contra as pesquisas talvez se revele mais difícil do que a contrária ao aborto, porque as investigações sobre as células-troncos podem resultar em benefícios para uma multidão.

     Os estudos têm o pontencial de chegar à cura para problemas renais, hepáticos, na medula e para o mal de Alzheimer.

    No Brasil, a Lei de Biossegurança permite pesquisas com embriões descartados por clínicas de fertilização e congelados há pelo menos três anos. A retirada da célula-tronco provoca a destruição do embrião. 


Cientistas e religiosos se opõem quanto ao uso de células tronco




Em Março de 2008, foi publicado no Estadão sobre essa oposição entre Cientistas e Religiosos baseado no tema das células tronco.


           Diante das várias maneiras que a vida humana é ameaçada no dia-a-dia a “Campanha da Fraternidade (CF)”, propõe a uma reflexão sobre valorização e defesa da vida. A CF é de origem católica e, segundo os princípios católicos, a vida humana deve ser inviolável desde o início – tanto é que defendem a não liberação das células troncos embrionários para cura de outras doenças.
     A dignidade humana para a Igreja Católica deve ser dada a todos seres humanos, independente de qual religião ele pertence, e mesmo que não pertença a nenhuma.
     Essa questão no catolicismo é intocável, o direito à vida é aqui colocado como o primeiro de todos os direitos, sendo desse, decorrentes todos os outros direitos.
   Nesse sentido, as células troncos embrionárias são consideradas seres humanos no início do desenvolvimento, portanto, não é aceito por justificativa alguma a utilização desses embriões para o desenvolvimento científico visando a cura de outras doenças.
     Ontem, o arcebispo de São Paulo, Odilo Scherer questionou em seu texto se a questão da defesa da vida é uma questão de fundo apenas religioso ou de interesse da sociedade.
E você leitor, o que acha da utilização das células troncos embrionárias para a cura de outras doenças, qual sua opinião à respeito?


Fonte: Estadão

Introdução as Celulas Tronco



Células tronco são células que têm uma grande capacidade de se transformar em qualquer outra célula do corpo humano, formar tecidos e órgãos, esta é uma capacidade especial, porque as demais células geralmente só podem fazer parte de um tecido específico (por exemplo: células da pele só podem constituir a pele).
As células tronco são encontradas nos embriões nas fases iniciais da divisão celular, pois a célula ainda não “decidiu” que parte do corpo ela irá formar, então ela está disponível a formar qualquer tecido ou órgão. Elas podem ser encontradas também em tecidos maduros como o cordão umbilical e a medula óssea, porém estas não têm tanta capacidade regenerativa como as dos embriões.
Assim, as células tronco representam a cura para muitas doenças que até pouco tempo atrás eram julgadas sem cura, como o câncer, doenças do coração, osteoporose, doença de Parkinson, diabetes, cegueira, danos na medula espinhal, doenças renais, doenças hepáticas, esclerose lateral amiotrófica, doença de Alzheimer, distrofia muscular, osteoartrite, doença auto-imune, doença pulmonar, dentre muitas outras doenças.

PESPECTIVAS DE TRATAMENTO COM CELULAS TRONCO
Já são aproximadamente 15 mil casos de utilização de células tronco do cordão umbilical em transplantes de medula óssea para tratamentos principalmente de disfunções hematológicas como leucemias, linfomas, mielomas, talassemias, anemia falciforme, entre várias outras.
As células provenientes do sangue do cordão umbilical são uma excelente alternativa a aqueles que pacientes que não dispõe de um doador compatível de medula óssea.
Aplicações atuais das células tronco


Atualmente, as células tronco têm sido utilizadas em pesquisas clínicas que buscam elucidar sua biologia e testar sua efetividade no tratamento de diversas patologias. O site de registro de pesquisas clínicas Clinical Trials (www.clinicaltrials.gov) retorna centenas de resultados para a consulta com os termos “Umbilical Cord blood stem cells”. Desses estudos, atualmente apenas 15 encontram-se completos e 92 estão em fase de recrutamento.
As pesquisas incluem desde novas opções terapêuticas para o uso das células tronco do cordão umbilical em desordens hematológicas (leucemias, hemoglobinopatias e síndromes de falha da medula óssea), como novas terapias para o tratamento de erros inatos do metabolismo (doença de Gaucher, doença de Wolman, doença de Niemann-Pick, doença de Tay-Sachs), e tratamento de outros tipos de câncer como: tumores cerebrais, neuroblastomas, câncer de ovário, câncer de testículos, carcinoma tímico. Outras classes de patologias também vêm sendo pesquisadas: as desordens do sistema imunológico, como a doença granulomatosa crônica; e outras doenças crônicas de relevância para a população mundial, como osteoporose, artrite reumatóide, diabetes tipo 1 e doenças do coração. Esse levantamento denota o grande interesse nas células de SCUP e aponta para o potencial destas células no uso em diversas terapias.
Na verdade o tratamento com células-tronco só não foi, ainda, aprovado no Brasil por questões burocráticas e ética profissional, de não afirmarem que o tratamento é eficaz, enquanto não for liberado no Brasil.
Mas as pesquisas e mais, os resultados apresentados por aqueles que estão se submetendo ao tratamento comprovam que as células-tronco é um tratamento válido e tenho certeza que num futuro próximo deixará de ser um tabu e estará disponível e acessível a todos.